Um projeto renovador para a região do Vinho Verde que mostrou que as castas mal-amadas poderão ser tão interessantes como as variedades mais sonantes e que os preconceitos podem ser questionados, levando a agricultura biodinâmica para um dos climas onde esta seria aparentemente menos aconselhável. E acima de tudo, produzindo bons vinhos que dão muito prazer beber.
Apresenta uma bonita cor amarela com um nariz cheio de aromas florais e de fruta tropical, misturados com um fresco toque limonado e mineral, na boca denota uma bela acidez e uma estrutura muito agradável, revela um paladar mais cítrico que frutado e uma forte mineralidade, o final de boca é bem persistente.
Sugestão de consumo: Deve servir-se fresco a 10º-12º e acompanha bem peixe, grelhado ou cozido, ostras, mariscos, sushi, saladas e frutas.
O projeto começou sob o nome comercial Afros, rótulo fundamentado em Afrodite, a deusa grega do amor e da beleza, padroeira de um projeto original que entretanto cambiou para a denominação atual, Aphros. O projeto saiu do empenho pessoal de Vasco Croft, arquiteto de formação que apesar do apelido familiar não alega qualquer relação de parentesco com a casa de Vinho do Porto homónima.
Apesar de lisboeta, Vasco Croft cedo se habituou a visitar a quinta da família nas longas férias de verão, período durante o qual aproveitava todas as oportunidades para se aventurar na região minhota de Ponte de Lima. A quinta manteve uma atividade agrícola persistente, produzindo, à época, vinho para terceiros. Após a revolução de abril, período durante o qual a família se viu obrigada a transladar-se para a quinta, e com a alteração do tecido social da região e o despertar do setor cooperativo, a quinta passou a entregar as uvas na Adega Cooperativa de Ponte da Barca, destino que se manteve durante as décadas de 80 e 90 do século passado.