Constantino Ramos Juca tinto 2023

O JUCA era o Mestre da banda da aldeia de Riba de Mouro, o Juca fazia vinho, o Juca era o avô. Foi este o mote para o início de mais esta aventura nos tintos de Monção. Usando duas pequenas vinhas centenárias quis elaborar um vinho que fosse através do Juca um tributo a toda a aldeia de Riba de Mouro, local onde já na época Medieval se fazia vinho.

Este vinho é só isso e ao mesmo tempo é tudo isso. Vinho feito sem adição de produtos nem filtração, só possível com a ajuda de família e amigos. Um vinho que celebra todo um povo e a sua génese, um vinho que mais que uma bebida é todo um conceito etnográfico que pretende dar a conhecer uma região que está esquecida e desertificada, mas que é de uma beleza estonteante.

Através dele fica o meu pequeno e singelo contributo.

PONTOS-CHAVE
Uvas colhidas manualmente em pequenas caixas, com uma grande seleção logo na vinha só sendo vindimados os cachos em perfeitas condições de maturação e estado sanitário. Desengace total. Fermentação com a película em balseiros. Estágio em cuba de inox durante 6 meses. Não é adicionado qualquer tipo de produto ao vinho durante todo o processo à exceção de uma pequena dose de sulfuroso no engarrafamento. O vinho também não foi filtrado pelo que é passível de formar depósito na garrafa.

NOTAS DE PROVA
Rústico, balsâmico (caruma e cogumelos) e mineral a remeter para a floresta e granito típicos da aldeia de Riba de Mouro. Boca com muitas especiarias, fresco com um toque subtil de cereja vermelha, herbáceo. Equilibrado, macio e fácil de beber.

SUGESTÃO DE ACOMPANHAMENTO
Sendo este vinho um tributo às gentes e costumes de Riba de Mouro localizada bem no Alto Minho este vinho pede enchidos, feijoadas, rojões, cozido à portuguesa e outros pratos bem típicos da cozinha regional. Deve ser bebido refrescado a cerca de 12oC.

Colheita
2021

Produção
1000 garrafas numeradas

Tempo aceitável de guarda
5 anos

Castas
Brancelho, Cainho, Espadeiro, Vinhão e Borraçal